quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O Zé e o Sarko


A propósito das "Saudades" do meu caro Sedoxil, tenho a dizer o seguinte - e quase, quase fazendo minhas as palavras da Teresa de Sousa no Público de hoje (mas eu nunca faria minhas as palavras dela...):

Vem aí a presidência francesa! É certo que, pelo meio, há outra coisa que se chama Eslovénia, mas não fora o Kosovo e já estaríamos todos era falar dos previsíveis "feitos" do presidente Nicolas Sarkozy no último semestre de 2008. Os temas já são conhecidos: imigração, imigração, imigração! Não fora ele, Sarko, quem apelidou de escumalha os jovens descendentes do Magreb... E, leia-se, imigração ILEGAL. Desenganem-se os que pensavam que se tratava de avançar com o sistema de asilo comum, as regras uniformes para a imigração etc. Não. Do que se vai falar é como tornar mais ágil as barreiras comunitárias aos imigrantes dos continentes mais pobres - Ásia e África, para os distraídos...
A minha dúvida é quem é que vai levar a melhor na História. Se Sócrates, para quem TUDO (ou quase tudo, se não contarmos com o inresoluvel Kosovo, mas isto agora não interessa para nada, porque a presidência portuguesa foi um sucesso!) teve uma dimensão histórica. Os mais atentos perceberam que para o primeiro-ministro português todos os passos concretizados durante o semestre português na Europa tiveram uma dimensão absoluta e inequivocamente épica. Muitos foram os dias em que Sócrates enalteceu, auto-elogiando-se e esquencendo méritos alheios, os grandes "feitos" da presidência portuguesa. É que até a liberalização dos serviços postais - sim, dos correios... - assumiu contornos de facto histórico. Cá para mim, ele sabia bem que metade do que a presidência portuguesa fez e anunciou não passava da gestão corrente das pastas que calham a cada presidência rotativa. Ainda assim, isto era mesmo era uma bela estratégia para escrever, nem que à força, o nome na História da UE, a antencipar um presidente do Conselho Sarkozy que promete ser mais interventivo, mais carismático, mais energico, mais barulhento. Isto, para não falar de que o tipo é presidente de um país que se chama França, e não Portugal. (Atenção, que isto não é uma ode ao Nico...)

Eu cá não sou de intrigas, mas, à semelhança do que fez Barroso ao abandonar o cargo para correr para a Europa, não me admirava que Sócrates estivesse já a piscar o olho de fininho ao cargo de Presidente do Conselho instituído pelo Tratado de Lisboa. Mas já agora, que o faça em melhor estilo... até lhe deve dar tempo para terminar o mandato como primeiro-ministro.
Portanto, caro Sedoxil, não fiques triste. Fecha-se um ciclo, é certo, mas abre-se um outro que fala francês. ehh alors... qu'es-ce qu'on peut faire?! c'est la France qui paye!


Prozac



PS: Continuamos à espera de Xanax e Valdispert

sábado, 22 de dezembro de 2007

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

NO RESCALDO DA CERIMÓNIA

Coisas realmente importantes a reter da Assinatura do Tratado de Lisboa

ANIMAÇÃO MUSICAL
Os putos da Academia de Amadores de Música estiveram bem. Foi porreiro, pá. Para amadores, nada mau: tiveram uma actuação digna de profissionais. Espero que a presidência portuguesa tenha arranjado uma justificação para os miúdos entregarem na escola.

OS RABISCOS
A caneta de prata usada por cada chefe de estado e de governo - para assinar o calhamaço de 10 quilos e que tem montes de palavras escritas em vários idiomas - era bem gira. A avaliar pelo design atractivo da coisa, certamente não de tratava de uma BIC. Foi pena Sócrates não ter enviado um exemplar da caneta supra-citada para os reformados que sobrevivem com 100 euros por mês. Sempre dava para vender aquilo na ourivesaria lá na aldeia.

OS BALDAS
O tipo do Reino Unido esteve mal. Gordon Brown preferiu ir ao parlamento britânico responder a umas perguntas de uma comissão qualquer, em vez de vir a Lisboa, a horas certas, para autografar o calhamaço. Resultado: chegou a Museu dos Coches já à hora de almoço (e só depois é que rabiscou o nome no mega livro, bem longe do olhar de todos). A questão essencial é saber se Brown já tinha almoçado antes de chegar a Lisboa (almoçando assim 2 vezes). A resposta deve surgir numa das próximas edições do «24 Horas».

OS MAL EDUCADOS
Sarkozy também esteve mal. Não por ter falado com os jornalistas franceses antes de ser recebido por Sócrates, mas antes porque não se enfrascou. A versão «Sarkozy sóbrio» não chega aos calcanhares da versão «Sarkozy vodka». O presidente francês é a ovelha negra da cerimónia e é a vergonha para qualquer aparelho de detecção de álcool no sangue.

OS GRITOS DA DULCE
A actuação de Dulce Pontes ficou aquém das expectativas. Foi pena ela não ter cantado. Dava para perceber que aqueles gritos eram laivos de dor. Pela entoação dos berros, creio que se tratava de uma dor de dentes. As cortinas que ela levou vestidas eram giras. Só não se percebeu que raio era aquilo que ela tinha na cabeça: seria alguma coisa que restou da cimeira UE-África?

A DISPUTA
Volto a Sarkozy e a Gordon Brown para evidenciar a competição a que ambos de prestaram: Sarkozy arranjou maneira de ser o último a chegar. Brown arranjou maneira de ser o último a assinar...

A CORRIGIR
Numa próxima assinatura de um outro qualquer Tratado, deixo alguns conselhos. A saber:

- aproveitar a dimensão extraordinária do écran gigante para projectar filmes decentes (em vez de se colocar imagens de bandeirinhas estúpidas);
- organizar uma rave party, rentabilizando assim o magnífico cenário dos Jerónimos e o excelente jogo de luz que iluminou a cerimónia;
- servir vodka ao Sarkozy antes de ele chegar ao local;
- dizer ao Gordon Brown que a cerimónia realiza-se 2 ou 3 dias antes de ela acontecer efectivamente (garantindo assim que o homem chega a tempo - não só de almoçar, mas também de participar como os outros camaradas);
- evitar que Durão Barroso fale em francês, inglês ou qualquer outra língua que não a portuguesa);
- dizer previamente a José Sócrates que o tempo de discurso reservado para ele é de 50 segundos;
- convidar o Kadhafi e os seus camelos para que os jornalistas tenham realmente algo mais estimulante com que se entreter.

NOTAS À MARGEM
Quem é o responsável pelo serviço de catering? Há 6 meses que o pessoal da imprensa anda a comer os mesmos mini-bolos e fritos de qualidade duvidosa. Assim, não há estômago que aguente.
E quem é o tipo que ficou encarregue dos brindes? Há 6 meses que andam a distribuir chapéus de chuva. Por que não variar e oferecer um gorro, um cachecol ou uma camisa com o logótipo da presidência portuguesa? Dava-me jeito. É que tenho um casamento daqui a umas semanas.
Os chefes de estado e de governo leram aquilo que assinaram? Devia haver um interrogatório para averiguar o grau de conhecimento dos tipos. Ou então um teste escrito e uma prova oral com perguntas eliminatórias. O que chumbasse ia fazer de Dulce Pontes na assinatura do próximo Tratado.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

E AGORA ALGO COMPLETAMENTE DIFERENTE...

A verdade do Google...

1) Vai a http://www.google.pt/
2) Digita: "político honesto"
3) Clica no botão "Sinto-me com sorte" (e NÃO em "pesquisa Google")
4) Aprecia o resultado...

Sedoxil

domingo, 2 de dezembro de 2007

NOVO DISCO JÁ À VENDA!!!

Contactos para espectáculos: Sedoxil Management

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Apetece-me bater no Vasco Pulido Valente

Crítica à crítica do Vasco Pulido Valente sobre o «Rio das Flores»

Contextualizando: o PÚBLICO pediu a Vasco Pulido Valente para escrever uma recensão crítica ao «Rio das Flores», o novo romance de Miguel Sousa Tavares. O resultado pode ser lido AQUI (mas evitem agora dispersar-se desta minha genial crítica à crítica do Pulido Valente. Leiam mais tarde, por favor. Obrigado).

Escusado será dizer que o marido da Constança Cunha e Sá (assim só se estraga uma casa...) não gostou do livro. Ou melhor: mais do que não ter gostado do livro, o Vasquinho passa um atestado de incompetência ao Miguel, acusando-o de ser «superficial», «ignorante», «pobre» e «invulgar». Para evitar confusões de maior, o 'El Vasco' faz questão de frisar: "discuti neste artigo um livro e um autor, não estou disposto a discutir a pessoa de Sousa Tavares." Uff!!! Ainda bem, caro marido da Constança Cunha e Sá. Se a tua opinião acerca do livro é o que é, nem quero imaginar como seria um artigo de opinião sobre o próprio Miguel Sousa Tavares!...

A análise de Vasco Pulido Valente (marido da Constança Cunha e Sá... não sei se já tinha mencionado tal facto) é de tal forma exaustiva que vai ao ponto de afirmar: "No Rio das Flores há 17 descrições de comida. Dessas 17 só quatro ou cinco (e com muito boa vontade) se justificam." Primeiro: Vasquinho, não é «No Rio das Flores». É «Em "Rio das Flores"». Depois, ficava-te bem colocares uma vírgula a seguir ao título do livro (na escola primária não te ensinaram a separar as orações?). Já agora: mais uma vírgulazinha a seguir a «Dessas» e - garanto-te - a tua frase estaria gramaticalmente espectacular. Com essa idade, talvez não haja muito que fazer. Em todo o caso, camarada Vasco (e atendendo ao programa de alfabetização que o governo criou para a terceira idade), podias terminar a 4.ª classe. Vê lá isso, Vasco.

Vasco Pulido Valente entende, portanto, que só se aproveitam 4 ou 5 dos 17 pratos de comida descritos. Muito provavelmente, o marido da Constança Cunha e Sá não gosta dos restantes. Vai daí e decide censurar tudo o que vai para além do seu bom gosto. Avante. Vamos a mais uma pérola do Vasquito: "Há quem se entretenha com esta espécie de produto [«Rio das Flores»], mas não se trata com certeza de literatura." Pois não, Vasco. Tens razão. Vendo bem, aquilo nem é um livro. É, antes, a secção de anúncios de beleza das Páginas Amarelas, camuflada por uma capa que diz «Rio das Flores».

Literatura, aquilo? Nem pensar! Mais vale perder tempo a ler os rótulos das embalagens de lixívia do que a nova obra de Sousa Tavares. Eu falo por mim: depois de ter lido a crónica do marido da Constança Cunha e Sá, fiz questão de ir buscar o «Rio das Flores» à estante, regando-o com alcóol 100% puro. Enchi um pequeno assador de barro com centenas de páginas do livro a arder vertiginosamente. E grelhei um belo chouriço. Realmente, constatei que não foi por utilizar as folhas do romance que o meu chouriço ficou mais rico - o que comprova claramente a teoria de Pulido Valente, que diz que o «Rio das Flores» é pobre. Eu diria mais: é pobre e não acrescenta sabor à comida. Vou mas é ali buscar a embalagem do Tide Máquina. Ontem, deixei a leitura do rótulo a meio e estou curioso por saber como é que termina aquela junção toda de ingredientes marados e biodegradáveis...

SEDOXIL

O Grito do Ipiranga!




Este blog morreu?

Perderam a password, foi?!

Indignem-se! Escrevam! Digam mal dos patrões, da classe, mas escrevam! Ou, então, dêm boas notícias e digam que está tudo benzinho...

Eu não me esqueço daquele almoço em que estavamos todos 'excitados' com a ideia de podermos ter a nossa própria 'publicação' online!


Abraços



Prozac